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Truques para serem bons pais durante a pandemia da Covid-19

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A Covid-19 vai mais além da infeção e da doença causada. É, neste momento, também muito mental. A pandemia está a afetar mesmo aqueles que não são infetados, pelos medos e conjeturas que estão a ser provocados. Afinal, as rotinas mudaram e, com a mudança, chegam incertezas ou ansiedades. Nos adultos, mas também nas crianças.

Por isso, para que as pessoas possam sobreviver a esta pandemia da melhor maneira possível, a recomendação passa por manter um estilo de vida saudável, transmitindo essa cultura para os filhos. Igualmente importante é criar uma rotina, que será diferente, mas ainda assim, que tenha regras e horários, de sono, refeições, estudo e lazer.

De acordo com Raquel Campos, médica interna de formação específica em Psiquiatria da Infância e Adolescência ao serviço do Trofa Saúde Amadora e Loures, as crianças terão estes comportamentos, mediante as faixas etárias:

“• Crianças até aos 2 anos de idade podem chorar mais do que o habitual, fazer mais birras e alterar o padrão do sono, requisitando maior atenção por parte do adulto;

• Crianças entre os 3 e os 6 anos poderão apresentar comportamentos mais regredidos, alterações do sono e mostrarem-se mais angustiadas quando se encontram longe dos pais;

• Crianças dos 7 aos 10 anos poderão tornar-se mais irritáveis ou mais tristes, com maiores dificuldades de concentração e alterações do sono;

• Pré-adolescentes e adolescentes poderão mostrar-se mais ansiosos, irritáveis e com maior propensão para adotar comportamentos de risco”.

Será ainda de evitar que a ansiedade e preocupação assombrem os menores. “Manifestações de isolamento social, tristeza, alterações persistentes do padrão de sono ou alimentar, mudança significativa no rendimento académico ou recusa escolar, início ou agravamento de comportamentos autolesivos, conversas sobre intenção suicidária, surgimento de consumo de substâncias ou aumento da taxa de consumo, bem como adoção de comportamentos de risco, deverão merecer especial atenção”, da parte dos pais, sugere ainda a especialista, em declarações ao Correio da Manhã.