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Superliga: Presidente da UEFA pressupõe sanções gravíssimas para clubes e jogadores

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Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, mostrou-se indignado contra a criação da Superliga Europeia. À margem da apresentação do novo formato da Liga dos Campeões, com mais equipas, Ceferin não fugiu ao assunto do momento e prometeu sanções muito graves para as equipas e os jogadores que participarem da nova competição criada.

É a bomba que está a agitar a Europa do futebol.. Doze clubes decidiram criar uma nova competição, apenas para a elite. Florentino Pérez, do Real Madrid, é o presidente desta Superliga. Além do Real, conta com Barcelona, Atlético, Manchester Untied e City, Arsenal, Totenham, Chelsea, Liverpool, Inter, Milan e Juventus.

A estas, mais oito equipas se juntarão (três fixas e cinco que se classificarão). Ou seja, vinte equipas a disputarem uma competição, a meio da semana. A UEFA, que tem Liga dos Campeões e Liga Europa, recusa-se a aceitar o novo formato e Ceferin mostrou-se numa postura muito dura contras as “cobras” que tentam levar a prova avante.

Ceferin disse, agora, que todas as confederações concordam que clubes e jogadores devem ser penalizados. Ou seja, a proposta do nome forte da UEFA é que estas doze equipas (e as demais que se juntarem) não poderão competir em qualquer outra competição, assim como os seus jogadores. Ou seja, as equipas não competiriam nas respetivas ligas nacionais e os atletas também não iriam às seleções.

“Todos os jogadores que disputarem esta competição não jogam mais pela respetiva seleção. Todas as confederações estão de acordo com isto”, atirou Ceferin, que repudia completamente esta ideia de partir o futebol, entre os ricos e os pobres:

“Noventa por cento do dinheiro da UEFA regressa ao futebol, e não fica só para a elite. A UEFA não se move apenas por dinheiro, desenvolve o futebol. A Superliga não é assim, é só negócio. Só interessa encher os bolsos, e não a solidariedade. Os valores do futebol são outros, não vamos permitir isto.

A ideia da Superliga tem vários anos e nada tem a ver com a covid-19. Foi dada a conhecer por pessoas como Florentino Pérez [Real Madrid] e Agnelli [Juventus]. Podiam ter falado connosco. Recebemos uma proposta interessante, mas disseram que falaríamos esta semana. Isto tem a ver com a avareza de alguns. Confio nos clubes de França e Alemanha, que resistiram a esta tentação. Nem todo o futebol é corrupto, só uma pequena parte movida pela avareza.

Talvez tenhamos sido ingénuos ao ignorar que tínhamos cobras por perto. Agora sabemos. Vamos tomar medidas legais em breve”.