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Benfica e Sporting ‘UNEM-SE’ contra as agressões de Moreira de Cónegos

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Benfica e Sporting apressaram-se a repudiar os incidentes do final do jogo em Moreira de Cónegos. Pedro Pinho, empresário com ligações ao FC Porto e, aparentemente próximo da comitiva portista em Moreira de Cónegos, agrediu um repórter de imagem da TVI, presente no exterior do estádio. Os rivais do FC Porto exigem agora uma atuação rápida e apropriada face aos acontecimentos ocorridos, na noite desta segunda-feira.

“Os acontecimentos presenciados por todo o país em Moreira de Cónegos, após o apito final entre Moreirense – FC Porto, são a face mais visível de uma cultura desportiva que se repudia e tem de ser exemplarmente punida. Intimidações, insultos, arruaças e agressões não dignificam o futebol português e em nada contribuem para a sua promoção. O Sport Lisboa e Benfica apela às autoridades públicas e às instâncias desportivas, Federação e Liga, que atuem de forma célere sobre os responsáveis por estes atos por forma a que estes comportamentos não voltem a ter lugar em Portugal”, escreve o Benfica, na habitual newsletter.

Já o Sporting foi ainda mais forte nas críticas, pedindo responsabilização a quem praticou e provocou os desacatos com o jornalista, mas também apontou o dedo a atuação dos responsáveis portistas ainda no relvado, a cercarem de imediato a equipa de arbitragem.

“O Sporting Clube de Portugal considera de extrema gravidade os actos de violência que ocorreram ontem à noite depois do jogo entre o Moreirense e o FC Porto. A imagem do Desporto nacional sai seriamente danificada por situações desta natureza que, apesar de não serem minimamente representativas do sector em geral, ganham uma enorme dimensão quando vistas em directo pelo país e pelos altos responsáveis do FC Porto, justamente quem deve dar o exemplo precisamente contrário.

É absolutamente lamentável que a frustração se transforme em condicionamento através da violência e coacção dos meios de comunicação social”, começou por escrever o Sporting, em comunicado, antes de se dirigir de uma forma mais direta a Sérgio Conceição e restante banco portista, pelas reações após o apito final, junto de Hugo Miguel:

“É verdadeiramente lastimável que o próprio árbitro precise de protecção policial perante uma equipa técnica e staff em fúria num final de um jogo.

A cultura de medo, de conflito e a apologia da violência têm de ser banidas do futebol português. Os fins não podem justificar estes meios. As responsabilidades têm de ser apuradas perante a cadeia inteira, desde quem ordena a quem executa.

O Sporting Clube de Portugal acredita numa forma de estar diferente no desporto e na vida. Este não é o Desporto que queremos em Portugal”.